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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

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Por que minha existência provoca uma fúria tão desumana?


Esse é o questionamento que André Baliera e muitos assim como eu sendo homossexual fazemos diante tanto ódio, intolerância e violência que vemos hoje dia.
André foi mais uma vitima dessa crescente "fúria" quem vem acontecendo tanto. Andava na rua e foi vitima de dois ''armários" sendo agredido verbalmente e fisicamente.
Na real, é revoltante demais isso.
Temos que reagir e não ficar parados inertes deixando rolar tanta impunidade. Seja no ambiente de trabalho como nos casos de assedio moral, seja nos casos em que partirem para agressão física. Chega de achar que a justiça quem tem que vir até nós. Nós quem temos que procurar a justiça e fazer ela valer para quem sofre preconceito. 
Se somos xingados, não deixemos, tem a justiça aê. Se vierem nos bater, batemos mais forte, é legitima defesa. Poh cansa isso velho. Todo tempo nos noticiários essa parada.
Torço para que o André se recupere logo e que o caso dele sirva de exemplo que esse ódio infundado é algo banal e primitivo.

Veja

E o cara de pau ainda tem a coragem de dizer que o André apanhou porque quiz...

Segue abaixo a reprodução da entrevista dada por André a reporter Juliana Deodoro, de O Estado de S.Paulo:
O estudante de direito André Baliera, de 27 anos, foi agredido nesta segunda-feira, 3/12, por volta das 19h, na Avenida Henrique Schaumann, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Os agressores Diego Mosca Lorena de Souza, de 29 anos, e seu amigo, o estudante de logística Bruno Paulossi Portieri, de 25 anos, foram presos e indiciados por tentativa de homicídio. Em entrevista ao Estado, Baliera contou como foi a agressão.
Repórter: O que aconteceu?
André: Estava voltando da farmácia e vim descendo a rua, tranquilo, na minha, com fone de ouvido. Quando ia atravessar a rua, o Bruno mexeu comigo. Não consegui entender o que ele estava falando e tirei o fone. Ele disse: "Está olhando o que seu viado? Segue seu rumo sua bicha". Mas eu não consegui seguir meu rumo e começamos então uma troca de ofensas. Tudo aconteceu no tempo de um semáforo. Foi aí que ele saiu do carro e fiquei muito assustado. Fiz menção de que ia pegar uma pedra e o Diego entrou na história. Ele começou a me bater feito um animal. Me lembro de pensar: "É agora que acabou. Morri". 
Repórter: Você já foi vítima de outras agressões?
André: Sim, aconteceram outras vezes. Não escondo minha sexualidade e nunca achei que isso fosse um problema para levar minha vida normalmente. Já me jogaram latinha de cerveja quando ficava com alguém. Essas condutas são reiteradas sempre, mas nunca foi nesse nível. Exatamente por isso que não consigo me conformar de que minha obrigação quanto gay é ouvir ofensas e seguir meu caminho. 
Repórter: O que você acha que motivou o ataque?
André: Não sei dizer o que leva duas pessoas aparentemente bem de vida, jovens, a entrarem com o carro na contramão e atentarem contra a vida de alguém que só queria chegar em casa. Que fúria é essa que faz um cara que deve ter tido todas as oportunidades do mundo a bater em outra de forma tão agressiva? Por que a minha existência provoca uma fúria tão desumana? 
Repórter: Como está sendo a repercussão do caso? Há pessoas que querem organizar passeata, fazer escracho na frente da casa dos agressores.
André: Estou bastante impressionado, mas queria muito que as pessoas tivessem consciência de que não quero vingança. Quero justiça, o que é muito diferente. Se estudo direito e acredito na justiça, não posso tomar as medidas cabíveis com as minhas próprias mãos. E acho que na verdade o preconceituoso também é vítima do próprio preconceito.

Os agressores:

Bruno Paulossi Portieri


Diego Mosca Lorena de Souza




5 comentários:

  1. olho por olho, dente por dente. até que todos estejam cegos e banguelos.

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  2. Bom uma coisa é fato!
    Caras que batem em gays com certeza batem por ter vontade de sair com um ou ser um isso é fato.

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  3. Puta galera eu ja sai com esse Bruno Paulossi
    foi na 5ª serie chupei ele no banheiro da escola e olha que ele gostou kkkkk isso por que ele não é viado kkkkkkkkkkkkk meu nome é gabriel lembra de mim Bruno?

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  4. Tu ficou com o tal de Bruno? E eu achando que a pintosa - põe pintosa nisso, bem - era a tal da Diega.

    Olha, falando sério, discordo do Baliera, com todo o respeito. Sendo estudante de Direito como ele é, ele sabe bem que TODAS as leis no Brasil são ridículas, isso sem contar a possibilidade que é dada aos criminosos - especialmente os ricos - como parece ser o caso destas duas monas que posam de "macho" mas devem gostar de queimar a rosca no Ibirapuera ou na sauna -, de recursos intermináveis, em processos que podem se arrastar por até 20 anos. Ninguém respeita estas leis idiotas do Brasil, Baliera.

    Enquanto não se convoca uma Nova Assembléia Constituinte para refazer esta bosta que é Constituição Brasileira de 1988, nada vai acontecer. Tem que se vingar sim, temos que provar que somos muito machos (e muitos de nós somos mesmo!!!) e partir para cima destes criminosos. Só assim eles vão começar a ter medo e cuidar mais do próprio nariz (ou rabo). Se forem esperar pela Justiça Brasileira, então é melhor esquecer e deixar estes enrustidos praticarem os crimes deles durante o dia, enquanto engolem pica de noite. Falei!

    Inácio - Porto Alegre - RS

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  5. Concordo em gênero, número e grau com o Inácio. Certíssimo.

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